segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Abandonar o navio, capitão e tripulação primeiro!


Semaninha de férias, sem internet – mas meu notebook veio – acompanhando as notícias pela TV. Eis que vem da Itália a notícia de um navio que adernou por ter batido ao navegar em águas rasas. Até aí tudo bem, é um acidente pouco comum hoje em dia – ou pelo menos pouco noticiado – contudo a notícia se potencializou com a notícia da incrível covardia do capitão do navio Sr. Francesco Schettino ou deveria dizer "Sr. Screttino". As notícias continuam sendo apuradas, mas até então sabe-se que o "idiota" ordenou – sob efeito de álcool - a navegação por águas rasas perto a pedras e recifes, alegando erro nas cartas náuticas. O inevitável aconteceu, ele bateu nas pedras e rasgou o casco do navio. Como todo covarde tentou esconder a besteira que fez não avisou, nem mesmo soou o alarme de abandonar o navio, precisou o navio adernar para que a evacuação começasse. Pois bem, o navio adernou e o capitão, segundo próprio depoimento, caiu dentro de um providencial bote salva vidas. Deste ficou coordenando a evacuação do navio. É mole?
O melhor veio depois, o comandante chefe da capitania dos portos na Itália dando uma senhora "mijada" via rádio, mas uma daquelas de lavar a alma, dizendo tudo que qualquer um gostaria ou teria dito. Em resumo ele ordenou que o comandante voltasse imediatamente ao navio e este deu a desculpa que não poderia voltar, pois, tinha um barco na sua frente atrapalhando sua volta. Alegou, ainda, que estava coordenando o desembarque que onde estava.
Mas espera aí!!! Pintou uma dúvida. Como é que cargas d'água ele estava coordenando alguma coisa se nem acesso ao navio ele tinha por ter um barco na frente dele?
Resumo da ópera, como comédia e tragédia sempre andam de mãos dadas, as patéticas ações do comandante covarde renderam um navio naufragado, 29 pessoas desaparecidas e infelizmente 11 mortos.
Enfim, os passageiros foram ajudados por um comandante de um outro navio este estava pegando uma carona naquele trecho. Sorte de que pode ser ajudado por um comandante de verdade.

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