domingo, 12 de agosto de 2012

E Se.... Potencial Olímpico versus Realidade.

Saiu o quadro de medalhas final das olimpíadas e o Brasil fecha sua participação na 22a posição no quadro geral de medalhas com 3 de ouros, 5 de pratas e 9 de bronzes. Foram 17 medalhas no total, nosso recorde de medalhas em uma edição dos jogos olímpicos. Isso, por si só, já é uma conquista porque reflete algo bem significativo. Significa que conseguimos colocar mais atletas entre os melhores do mundo em suas modalidades. E melhor ainda, a metade delas foram conquistadas por atletas que não eram os favoritos.

Se fizermos um estudo do nosso potencial, colocando de lado o rendimento e isolando somente o retrospecto recente dos atletas que participaram somadas as boas surpresas, poderíamos fazer uma projeção baseada no "E Se...."

Se em cada categoria listada abaixo confirmássemos os favoritos e agregássemos as medalhas ganhas teríamos:

Ginastica Olímpica: 1 ouro - Zanetti  +  1 ouro Diego Hipólito (favorito)  =   2 Ouros;
Judô: 1 ouro Sara Menezes  +  1 ouro Rafael Silva (favorito)                    =    2 Ouros;
Vôlei quadra: 1 ouro feminino  +  1 ouro masculino (favorito)                   =    2 Ouros;
Vôlei praia: 1 ouro feminino (favorito)  +  1 ouro masculino (favorito)       =    2 Ouros;
Boxe: 1 ouro esquiva falcão (garfado pelo juiz com penalidade)                =    1 Ouro;
Futebol: 1 ouro (favoritíssimo - até agora não sei porque perdeu)             =    1 Ouro;
Natação: 2 ouros Cesar Cielo (recordista mundial nos 50 e 100 m)          =    2 Ouros;
Vela:  1 Ouro Classe Star (favoritos - perdemos o ouro na última regata)  =    1 Ouro.

Total do potencial dourado é de 13 Ouros, o que nos daria uma 6a posição na olimpíada atual. 

Além disto, tivemos boas surpresas do Boxe e no pentatlo. Tivemos ainda, nítidas chances de medalhas no Taekwondo  com dois atletas e obviamente no atletismo no salto com vara e salto em distância.

Pensando desta forma podemos imaginar que nosso potencial olímpico não anda tão mal assim, mesmo 
dependendo do esforço individual quase que hercúleo de cada um dos atletas, uma vez que nossa sociedade não forma atletas, simplesmente esperam eles se destacarem por conta própria para depois a iniciativa privada se aproveitar do seu sucesso, explorando suas imagens como modelo de superação e vitória.

E desta forma caminharemos para 2016, esperando heróis anônimos reivindicarem o seu lugar no Olimpo. 

Olimpíadas - Heróis do esforço próprio versus a mediocridade entendida.

Tem gente que acha bobagem exaltar os esportes tendo tanto problema social para resolver. O problema eh que esse ajuste social passa também pelo esporte. Não por acaso as nações mais desenvolvidas tem vários atletas bons em cada uma das diversas categorias. Simplesmente porque ele está intricicamente relacionada com educação. Ser bom nos esportes eh também um reflexo de uma boa saúde social. Um jornal inglês já falava isso nessa semana, não entendiam com a quinta economia do mundo não colocava uma quantidade de atletas maior entre os melhores do mundo. A resposta eh clara caros amigos, não formamos ninguém damos eh esmola para sociedade continuar quietinha e viver da esperança daqueles poucos heróis que conseguem expressão por esforço próprio. E esses caras ainda tem que aguentar monte de medíocres entendidos, incluindo eu, exigindo o ouro para pátria.