quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Vivendo no piloto automático.


Três horas da manhã.

Já tiveram aquela sensação de que a vida não tá rendendo? Pois é, às vezes me imagino pilotando um avião no piloto automático - é flagrante - voce se pega fazendo as coisas sem processar muito, como se fosse uma rotina pronta em nosso cérebro. Agente acorda, toma um banho, arruma a cama, toma café, pega o carro dirige até o trabalho, liga o computador abre a caixa de e-mail e deixa descer aquele monte de spams. Até este momento é difícil até de lembrar se algo foi realmente feito, às vezes eu simplesmente esqueço que peguei o carro para ir a algum lugar - não dá pra lembrar nem do trajeto. Bom... começa o dia de trabalho e este pelo menos nos faz tomar decisões que fogem do necessário requerido para um piloto automático, mas a vontade de clicar no automático no meio do dia é forte. Termina o dia e você chega em casa quase às 8 horas da noite, liga a televisão e aí sim o cérebro entra em stand-by. Lamentável, televisão funciona melhor que álcool pra esquecer as coisas. Chega a meia noite e no caso do insone o cérebro resolve ser produtivo - justo entre 01:00 e 06:00 da manhã. Desse ponto em diante, se pensa desde como se vai descer com o cachorro com aquela chuva toda que está caindo até pensando em soluções que resolvam questões amplamente existencialistas.

Seja para resolver problemas ou simplesmente meditar sobre o que for que seja, parece que agente só consegue ser realmente criativos quanto o tempo e as tarefas impostas não estão nos pressionando. Na hora que relaxamos para mais uma noite insone, é que acabamos por nos libertar e viajar livremente. Pena o corpo estar tão cansado para poder agir mais. Não tem jeito - o corpo cobra - apesar de estar no piloto automático, passamos o dia queimando gasolina.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Luta livre, Full contact, vale tudo, Figth... só eu acho isso estúpido?

Uma vez eu estáva assistindo um episódio de The Simpsons - isso mesmo o desenho animado - em que um dos velhinhos do asilo em que mora Abe Simpson, o pai do Homer, está assistindo a uma TV que só tem a moldura, no lugar do tubo de imagem tinha um gato se lambendo dentro da TV. O velhinho tava que passava os canais da TV e nada do bichano sair, foi quando ele - reclamando - soltou a máxima: " Droga! 200 canais e só gato...".

Bem... as vezes tenho a sensação que não passa outra coisa na TV que não seja MMA, UFC, full contact, vale tudo, combate, ou seja lá o nome que tão dando pra essa estupidez. Sinceramente, eu cresci assistindo boxe na TV, ficava até de madrugada pra assistir lutas do Mike Tayson, Holyfield e companhia. Até Tom & Jerry e Picapau alimentaram minha mente juvenil com a violência velada mas divertida. Ainda sim, ao contrario que se pudesse esperar, não virei um sujeito ávido por violência como acreditam alguns educadores atuais.

Pois bem, mesmo com tudo isso, não tem nada que me faça ficar sentado assistindo dois sujeitos de cueca de degladiando feito dois galos de rinha dentro de uma gaiola. É estúpido demais! Fiquei pensando... poxa, mas nos anos 80 e 90 eu assitia a lutas de boxe em que os caras se espancavam da mesma forma e estas lutas não me causavam tal repulsa. O problema é que no boxe se o sujeito cai, seu oponente vai para o outro lado do ring esperar seu oponente estar em condições para continuar o embate. Nesta versão  MMA um sujeito está no chão e o outro tá montado nele enchendo a cabeça do inabilitado de porrada. Foi quando eu descobri que o que realmente me incomoda nessas lutas é justamente esta covardia. O Boxe perto disto é uma escrima, um esporte de lords, de gentlemans. O problema é que o lutador de MMA passa da condição de campeão a covarde no momento do triunfo. Acaba com caráter nobre, justo e misericordioso que definem o arquétipo do herói. O que resta disto é apenas um animal faminto tentando finalizar com a vida de sua presa.

Estaria sendo eu hiperbólico demais? talvez. Ainda sim, covardia amigo - não dá pra aguentar.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para que serve a insônia?

Bom, no meu caso esta malfadada palavra me importuna ou porque estou com uma crise alérgica intratável, ou porque meu cérebro está a mil por hora. Na verdade em 95% das vezes é por que o cérebro está a mil por hora. E aí amigo... não adianta leite quente, suco de maracujá e nem sequer uma paulada na cabeça.

Fisicamente é frustrante, você sabe que quer dormir, boceja sem parar, seu corpo pede desesperadamente por um merecido descanso mas é só deitar na cama pra começar “o vira”. Parece até um fado português, uma mistura de Roberto Leal com Mamonas Assassinas. E esse “raio de suruba” invariavelmente se vai até às 6:00 da manhã, quando o sono chega com o raiar do dia. Covardia né! De uns tempos pra cá, tenho tentado - em vão - acabar com meus olhos lendo até cair de cansaço, mas isso também não tem dado muito certo. Gosto de ler e se pego algo interessante elimino de vez com qualquer possibilidade de encontrar um tranquilo e desejável sono alpha.

Pois bem, já que o cérebro está a mil e o corpo está cansado vamos encontrar algo útil pra fazer. Escrever! A ideia é exorcizar e esgotar qualquer questionamento que paire sobre minha cabeça no momento em que eu deveria estar dormindo em berço esplendido. Por este motivo criei o Wikinsonia, uma coleção de pensamentos que por algum motivo estão roubando meu sono. Não espero que alguém leia mas com certeza preciso escrever. Esta é mais uma tentativa... vamos ver se desta vez consigo ir para a cama com a sensação de dever cumprido. Vamos descobrir se é pra isso que serve a insônia!