sábado, 4 de fevereiro de 2012

A evolução das Redes Sociais

Sempre fui avesso a qualquer mecanismo tecnológico que servisse para fomentar a inutilidade. Com as redes sociais foi assim durante um tempo, contudo, hoje, consigo enxergar a luz no fim do túnel da empregabilidade destas ferramentes.

Redes sociais eletrônicas é um fenômeno que teve sua origem desde o princípio da comunicação entre computadores através das redes de comunicação. Trocar idéias e mensagens eletrônicas sempre foi essencial para agilizar trabalhos e processos, o ganho de tempo sempre trouxe benefícios nesses casos. Em pouco tempo os computadores já estavam nas universidades servindo de ponte a nobre função de potencializar a pesquisa. Desta forma, evitava que o trabalho em idéias que surgiam em vários cantos do mundo se desenvolvesse me maneira concorrente, passando a funcionar de maneira colaborativa. Ou seja, várias cabeças pensando na solução de uma mesma questão.

Bem, uma ferramenta tão boa não poderia ficar limitada a um universo tão restrito. Ela se popularizou e os alunos começaram a trocar idéias que iam além do interesse cientifico. Opa!! Nossas redes começaram o primeiro bum de fluxo de informações que não eram necessariamente úteis a nobre função de desenvolvimento do pensamento científico. E se pode ser usado para diversão e "fofocas", podemos vender não é mesmo? É! Não demorou muito para os PCs - nossa evolução da máquina de escrever e calcular - virar uma ferramenta de comunicação entre as pessoas no mundo todo.

Surgiram então os primeiros aplicativos de comunicação ponto a ponto como e-mails e salas de discussão como Mircs, entre outros vários que surgiram subsequentemente. Com a comercialização, nova soluções - mais acessíveis e fáceis - foram aparecendo. Essa gênese da popularização permeou a década de 90 no mundo todo. Nos idos da primeira década do novo milênio a internet - como a maioria já sabe e viveu - se tornou um bum. Neste momento passamos a ser alvos de toda sorte de informação trafegando pela rede todos os dias de maneira contínua e ininterrupta. Muita informação comercial, propaganda, venda, anúncios, todos querendo falar com todos. É como se estivéssemos em uma sala apertada lotada de gente em que todos falassem ao mesmo tempo, clamando por atenção.

Algumas tentativas de restringir essa "discussão em sala cheia", foi feita através de grupos exclusivos, onde redes de relacionamentos foram criadas para funcionarem com a inclusão condicionadas apenas a aprovação de algum membro que já pertencesse àquela egrégora. Muito bem, começou nos Estados Unidos de maneira que não se extrapolasse muito além das fronteira daquele país. Diz a lenda que foi só convidarem um brasileiro para o grupo que  o resto do mundo ficou sabendo e entrou também. Piadinhas a parte o Orkut, em 24 de Janeiro de 2004, nasceu com esta proposta, depois de um tempo descambou os acessos e acabaram por liberar a entrada só por meio do cadastro mesmo. O Facebook veio quase junto, 04 de fevereiro de 2004, também com acesso restrito. Primeiro para os estudantes de Havard, depois se espalhando por outras universidades americanas e logo depois aberta também a todos. Logo mais tarde, em 2006, surge o Twitter como um serviço de mensagens para celular com o limite para 140 caracteres.

Pronto, a sala cheia de gente falando ao mesmo tempo se potencializou, as empresas, veículos de comunicação e notícias simplesmente piraram, tentando aproveitar essa quantidade enorme de recursos sem saber como iam se comunicar com esta quantidade de gente falando ao mesmo tempo. E por muito tempo foi assim mesmo, o caos. Pode parecer anti-social de minha parte, mas eu realmente não estou interessado em saber como acordou, tomou café, almoçou, o que vestiu, porque está alegre, porque está triste, dentre outras 3000 chatices cotidianas afetos a cada um dos 500 ou 1000 contatos existentes no roll de "amigos" de um maluco por aí. É insano! A não ser que se vá usar esse tipo de informação para alguma coisa é um desperdício de tempo tremendo. Não porque não me importo com os outros, mas porque os outros não se importam comigo. O que há realmente, na minha opinião, é uma troca de afagos para que alguém possa escutar as suas lamentações. Essa é a ideia que me passa.

A solução para isso? Filtro!! Isso mesmo, filtro! Igual àquele que você usa para coar seu café. Retendo a borra e aproveitando somente àquilo que vamos consumir de fato. Esta é a luz do fim do túnel da utilização de redes sociais. Existem redes direcionadas a certos tipos de assuntos específicos de interesse, como mercado de trabalho, áreas de trabalhos e profissões específicas, diversão, sexo, dentre outras. A despeito disto as pessoas estão começando a compreender o caos e criando seus próprios filtros, se associando a menos pessoas, direcionando a informação de maneira mais crítica, objetiva e qualificada. Um exemplo bem claro disto é Twitter. É claro que ainda é fonte dos acontecimentos dispares da realidade, gerando as notícias mais idiotas que alguém teria que escutar. Contudo, já começo a enxergar as grandes organizações, empresas, agencias de notícias, formadores de opinião, tentando "montar suas barraquinhas" e organizarem filas dentro dessa sala cheia de gente, onde todos falam com todos ao mesmo tempo.

O futuro parece ser promissor a respeito desta falação sem critério. Afinal, se agente já consegue achar gente - finalmente - se enjoando do Big Brother, quem sabe a consciência coletiva também não consegue colocar ordem neste caos de hoje.

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