sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pensamento Ontológico

É isso mesmo, duas horas da manhã e eu pensando em ontologia do pensamento. É como nosso cérebro funciona não é? Bom, pelo menos é como tentamos representá-lo em um modelo computacional. Particularmente, acho um assunto interessante desde que comecei a - por assim dizer - "fuçar" o assunto, como objeto e ferramenta de estudo para o meu até então inacabado mestrado.

Horas de sono "investidas" no deslubre das aplicações ontológicas em arquitetura e gestão da informação, em inteligência artificial, web semântica, engenharia de software. Imaginando a construção de um modelo que por si só gerasse conhecimento apartir da informação.

Tá esquisito? Então vamos imaginar o estudo de um objeto (um indivíduo), traçar uma rede de classes, atributos e relacionamentos e daí gerar conhecimento.

 Melhor! vamos simplificar mais ainda...

Meu objeto de estudo é uma BOLA

Hum, vejamos. Partindo de uma bola vou enumerar as primeiras coisas que me veem a cabeça:

1)  A primeira coisa que lembro é da copa de 1982. A primeira vez que me recordo de assistir uma copa do mundo, eu estava com 7 anos de idade. Valdir Peres, Eder, Falcão, Júnior, Sócrates, Zico... e o lateral direito??? era aquele do coríthians? não lembro;
2) Eu no campinho de grama atrás de casa em Santos-SP,  jogando bola todos os dias e criando junto com amigos um time chamado Niger - escolhemos o nome olhando o mapa mundi;
3) Chutando uma bola de couro com os pés descalsos, depois de um tempo doi pacas;
4) humm! chutando uma bola de couro molhada com os pés descalços, dói pra caramba;
5) O jeito certo de bater pro gol pra tirar o goleiro - a cabeça sabe mas o corpo já não acompanha mais hoje em dia!!
6) A força correta pra fazer aquele lançamento - é!! com certeza com 12 ou 13 anos eu era mais fluente nisso.
7) todas as boladas que recebi.
8) todas que acertei.
9) todas que errei.

... sim acho que tá bom, agora imaginem que eu pudesse colher todos estes dados em um modelo computacional e com essas informações e referências eu pudesse gerar conhecimento de física aplicada!?!?! Sim física aplicada, passei a vida toda chutando uma bola horas, por tentativa e erro eu praticamente já cheguei a uma fórmula ótimizada de aplicação.

E então? Metafísico??? Não deixa de ser, já que filosóficamente ontologia discute justamente o existencialismo. Filosóficamente se pode existir ou não... eu não sei, mas computacionalmente, por enquanto vou me virando com os metadados mesmo. ;-)

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